Incidência de Malformação Congênita no Nordeste brasileiro no período de 2010 a 2016
Incidência de Malformação Congênita no Nordeste brasileiro no período de 2010 a 2016
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As Malformações Congênitas conferem prejuízos funcionais e morfológicos ao indivíduo antes ou após o nascimento. Esse agravo é considerado uma das principais causas de óbitos infantis no Brasil e no mundo. Tendo em vista as complicações que as malformações acarretam, a preocupação e a atenção a esses casos têm aumentado ao longo dos anos. Nesse sentido, o presente trabalho objetivou averiguar a taxa de incidência das Malformações Congênitas no período compreendido entre 2010-2016, considerando variáveis sociodemográficas e obstétricas maternas, bem como, os tipos mais frequentes de malformação encontrados no Nordeste brasileiro. Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo ecológico a partir da coleta de informações nos bancos de dados secundários do Ministério da Saúde, disponível para consulta pública. Os dados foram tabulados através do Programa Microsoft Office Excel para posterior análise estatística descritiva (frequência absoluta, frequência relativa, média e taxa de incidência). A taxa média de incidência de Malformação Congênita no Nordeste brasileiro correspondeu a 7,3 casos/ 1.000 nascidos vivos no período de 2010 a 2016. Durante este período, os estados que apresentaram maior taxa de incidência de malformações foram Sergipe (2,28 casos/1.000 nascidos vivos) e Pernambuco (1,16 casos/1.000 nascidos vivos). As malformações mais encontradas referem-se as do sistema osteomuscular, outras malformações do sistema nervoso e, outras Malformações Congênitas, mais frequentes no estado de Sergipe. Os estados de Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte apresentaram elevação nas taxas de malformações ao longo dos anos investigados; enquanto os demais estados não demonstraram. A maioria dos casos foi de nascidos vivos do sexo masculino, provenientes de mães solteiras, com idade entre 20 e 29 anos, que realizaram sete ou mais consultas pré-natal e parto cesáreo. A partir destes resultados, foi possível verificar que a incidência de Malformação Congênita tem aumentado ao longo dos anos na região Nordeste, principalmente no estado de Sergipe. Tendo em conta as Malformações Congênitas mais frequentes, ressalta-se a relevância da investigação de suas causas e fatores associados para a redução de seus riscos, bem como, a necessidade de implementar melhorias nos serviços de saúde, a promoção de campanhas educativas, que favorecerão a prevenção à população, principalmente das malformações que podem ser evitadas.
Congenital malformations inflict functional and morphological impairment on the individual before or after birth. This condition is considered one of the main causes of infant deaths in Brazil and in the world. Due to the complications imposed by malformations, the concern and attention to these cases has increased over the years. The present study aimed to investigate the incidence rate of congenital malformations in the period between 2010-2016, considering sociodemographic and maternal obstetric variables, as well as the most frequent types of malformation found in the Brazilian northeast. This is an ecological epidemiological study based on the collection of information in the secondary databases of the Ministry of Health, available for public consultation. We tabulated the data in the Microsoft Office Excel Program for later descriptive statistical analysis (absolute frequency, relative frequency, mean and incidence rate). The mean incidence rate of congenital malformations in the Brazilian northeast corresponded to 7.3 cases / 1,000 live births in the period from 2010 to 2016. During this period, the states that presented the highest incidence rate of malformations were Sergipe (2.28 cases / 1,000 live births) and Pernambuco (1.16 cases / 1,000 live births). The most frequent malformations refer to those of the musculoskeletal system, other malformations of the nervous system and other congenital malformations, more frequent in the state of Sergipe. The states of Maranhão, Piauí, Ceará and Rio Grande do Norte presented an increase in the rates of malformations over the years investigated; while the other states did not demonstrated. Most cases were live male births from single mothers, aged between 20 and 29 years old, who underwent seven or more prenatal consultations and cesarean delivery. From these results, it was possible to verify that the incidence of congenital malformation has increased over the years in the northeast region, mainly in the state of Sergipe. Considering the most frequent congenital malformations, the relevance of the investigation of its causes and associated factors for the reduction of its risks, as well as the need to implement improvements in health services, the promotion of educational campaigns, are emphasized, the prevention to the population, mainly of the malformations that can be avoided.
Dr.ª Machado, Maria Aliete Bezerra Lima.
Morbidade.
Anomalias.
Nascido vivo.