Mentes e corpos adoecidos: a degradação da saúde dos trabalhadores no capitalismo

Mentes e corpos adoecidos: a degradação da saúde dos trabalhadores no capitalismo

Autor(a)
Braz, Michelaine Alves Nunes da Silva.
<michelainealves@hotmail.com>
Ano de publicação
2019
Data da defesa
19/02/2019
Curso/Outros
Serviço Social (U.E.Palmeira dos Índios)
Tipo
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Local
UFAL, Campus Arapiraca, Unidade Educacional PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Resumo

O referido Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) trata da degradação da saúde dos trabalhadores no modo de produção capitalista. Diante do crescimento das doenças laborais, tem como objetivo geral refletir acerca das implicações do processo de trabalho tipicamente capitalista para a saúde dos trabalhadores em diferentes conjunturas históricas e, como objetivos específicos: destacar as diferenças ontológicas entre trabalho e trabalho abstrato; apresentar as formas de trabalho e a relação saúde-doença nas sociedades precedentes ao capitalismo; mostrar os efeitos degradantes da produção industrial capitalista sobre a saúde dos trabalhadores; identificar as características essenciais dos padrões produtivos taylorista-fordista e toyotista e sua relação com a saúde dos trabalhadores. A metodologia empregada foi a pesquisa bibliográfica, a qual se materializou através de leituras de autores clássicos, a exemplo de Marx e Engels, e contemporâneos que abordam a dinâmica da produção capitalista e, associada a ela, seus efeitos nocivos sobre a saúde daqueles que vivem da venda da força de trabalho. Os resultados da pesquisa encontram-se expostos para o leitor em dois capítulos. O primeiro apresenta a concepção marxiana da categoria trabalho e sua especificidade sob o domínio do capital, voltando-se à produção de mais-valia; mostra a organização do trabalho nas sociedades precedentes e a relação com as doenças que acometiam os trabalhadores, assim como as explicações e as formas de tratamento. Ainda nesse capítulo, evidencia-se o adoecimento da classe trabalhadora no período da grande indústria. No segundo capítulo, são explanadas as principais características do modelo de produção taylorista-fordista e as doenças relacionadas ao trabalho rigidamente executado. Mais adiante, aborda-se como a flexibilidade da produção e da organização do trabalho agravou o adoecimento dos trabalhadores, degradando não apenas suas forças físicas, mas também o aspecto mental. Com base nos resultados obtidos através da investigação realizada, conclui-se que, na sociedade atual, a condição de subordinação a que está submetido o trabalhador, resultando no seu adoecimento, não será eliminada enquanto o modo de produção capitalista persistir, sendo necessária, portanto, a constituição de outra forma de sociabilidade na qual o atendimento das necessidades humanas seja o objetivo principal da produção, e não a acumulação privada de capital. A exploração da força de trabalho pelos capitalistas resultará sempre, do lado dos trabalhadores, em mentes e corpos adoecidos. Já do lado da classe dominante, o resulta é a manutenção da propriedade privada em níveis cada vez maiores.

Abstract

This Course Completion Work (CBT) deals with the degradation of workers' health in the capitalist mode of production. In view of the growth of occupational diseases, the general objective is to reflect on the implications of the typically capitalist labor process for the health of workers in different historical contexts and, as specific objectives: to highlight the ontological differences between work and abstract work; to present the forms of work and the health-disease relationship in the societies precedent to capitalism; show the degrading effects of capitalist industrial production on workers' health; to identify the essential characteristics of the Taylorist-Fordist and Toyotist productive patterns and their relation to workers' health. The methodology used was the bibliographical research, which was materialized through readings of classic authors, such as Marx and Engels, and contemporaries who approach the dynamics of capitalist production and, associated with it, their harmful effects on the health of those who live of the sale of the labor force. The results of the research are presented to the reader in two chapters. The first presents the Marxian conception of the category of labor and its specificity under the domain of capital, returning to the production of surplus value; shows the organization of work in previous societies and the relation with the diseases that affected the workers, as well as the explanations and the forms of treatment. Also in this chapter, the sickness of the working class is evidenced in the period of the great industry. In the second chapter, the main characteristics of the Taylorist-Fordist model of production and the diseases related to rigidly executed work are explained. Later, it is discussed how the flexibility of the production and the organization of work aggravated the sickness of the workers, degrading not only their physical forces, but also the mental aspect. Based on the results obtained through the research carried out, it is concluded that, in today's society, the condition of subordination to which the worker is subjected, resulting in his illness, will not be eliminated as long as the capitalist mode of production persists, the constitution of another form of sociability in which the fulfillment of human needs is the main objective of production, and not the private accumulation of capital. The exploitation of the labor force by the capitalists will always result, on the workers' side, in minds and bodies that are ill. On the side of the ruling class, the result is the maintenance of private property at ever- increasing levels.

Orientador(a)
Dr. Bizerra, Fernando de Araújo.
Banca Examinadora
Dr. Silva, Japson Gonçalves Santos.
Dr.ª Cruz, Sabrina Ângela França da Silva.
Palavras-chave
Capitalismo.
Saúde - Trabalhador.
Áreas do Conhecimento/Localização
Coleção Propriedade Intelectual (CPI) - BSPI.
Categorias CNPQ
6.00.00.00-7 Ciências sociais aplicadas.
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