Diretrizes projetuais para espaços de atendimento e apoio a criança autista
Diretrizes projetuais para espaços de atendimento e apoio a criança autista
<amandalencar@live.com>
Segundo a Academia Americana de Pediatria (2020), uma em cada 59 crianças nasce
com autismo, cerca de 1,7% da população mundial, sem distinção nenhuma de etnia
e grupo social. A criança autista apresenta como uma de suas principais
características uma limitação em sua percepção e relações sociais, demonstrando
também indiferença ou excesso de atenção aos estímulos que se apresentam ao seu
redor. Assim, o déficit para integrar as informações ocorre de forma complexa, fazendo
com que o envolvimento ocupacional seja altamente prejudicado. A arquitetura como
objeto construído quando aliada a psicologia ambiental é capaz de produzir efeitos na
percepção da mente humana. Nesse sentido, o presente trabalho surge de uma
inquietação pessoal sobre como o ambiente projetado pode influenciar no
desenvolvimento e no tratamento de crianças com autismo, logo, através de revisão
bibliográfica, pretende identificar e propor diretrizes para centros de tratamento e
apoio do autismo a partir de uma análise dos problemas sensoriais enfrentados pelas
crianças autistas e das necessidades dos profissionais de atendimento. Os resultados
encontrados na análise corroboram a expectativa inicial da necessidade de um estudo
aprofundado sobre os comportamentos e respostas sensoriais dos autistas para assim
pensar na arquitetura como agente terapêutico. A partir desse estudo, foram
propostas recomendações projetuais, baseadas nos aspectos físicos, sensoriais e de
conforto ambiental, a serem aplicadas nos ambientes de terapia e estimulação
sensorial que atendem crianças autistas. Com isso, pretende-se, a partir do enfoque
da arquitetura, promover uma melhora no desenvolvimento físico e comportamental
dessas crianças, contribuindo também com sua qualidade de vida.
According to the American Academy of Pediatrics (2020), one in 59 children is born
with autism, about 1.7% of the world population, regardless of ethnicity or social group.
The autistic child presents, as one of its main characteristics, a limitation in its
perception and social relations, also demonstrating indifference or excessive attention
to the stimuli that are present around it. Thus, the deficit in integrating information
occurs in a complex way, making occupational involvement highly impaired.
Architecture as an object built when combined with environmental psychology is
capable of producing effects on the perception of the human mind. In this sense, the
present work arises from a personal concern about how the projected environment can
influence the development and treatment of children with autism, therefore, through
bibliographic review, it intends to identify and propose guidelines for treatment and
support centers for autism from an analysis of the sensory problems faced by autistic
children and the needs of care professionals. The results found in the analysis
corroborate the initial expectation of the need for an in-depth study on the behaviors
and sensory responses of autists in order to think of architecture as a therapeutic
agent. From this study, design recommendations were proposed, based on physical,
sensory and environmental comfort aspects, to be applied in the environments of
sensory therapy and stimulation that assist autistic children. With this, it is intended,
from the focus of architecture, to promote an improvement in the physical and
behavioral development of these children, also contributing to their quality of life.
Dr.ª Gonçalves, Elisabeth de Albuquerque Cavalcanti Duarte.
Ma. Vitorino, Natiele Vanessa.
Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Centro de tratamento.
Arquitetura sensorial.
Arquitetura ambiental.