Avaliação dos polimorfismos dos genes TPH1 e TPH2 envolvidos no metabolismo da serotonina como biomarcadores genéticos de sinais de alarme da dengue

Avaliação dos polimorfismos dos genes TPH1 e TPH2 envolvidos no metabolismo da serotonina como biomarcadores genéticos de sinais de alarme da dengue

Autor(a)
Santos, Leandro Douglas Silva.
<leandrodouglasss@gmail.com>
Ano de publicação
2020
Data da defesa
28/02/2020
Curso/Outros
Ciências Biológicas
Número de folhas
74
Tipo
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Local
UFAL, Campus Arapiraca, Unidade Educacional ARAPIRACA
Resumo

Atualmente, a dengue vem sendo um sério problema de saúde pública no mundo. Há evidências da relação entre os níveis de serotonina e as complicações da dengue. Triptofano hidroxilase I e II (TPH1 e TPH2) são as enzimas limitantes na síntese de serotonina. Diante disto, o objetivo desta pesquisa foi investigar o papel dos polimorfismos dos genes TPH1 e TPH2 e sua influência sobre a progressão da dengue. Realizou-se um estudo do tipo casocontrole que incluiu 14 indivíduos com resultado negativo para dengue (grupo controle) e 17 pacientes diagnosticados laboratorialmente com dengue (grupo DEN), sendo separados em 13 pacientes com dengue sem sinais de alarme (grupo DSSA) e 4 pacientes com dengue com sinais de alarme (grupo DCSA) para estudo do polimorfismo do gene TPH1. Enquanto para estudo do polimorfismo do gene TPH2, incluiu 15 indivíduos com resultado negativo para dengue (grupo controle)e 17 pacientes diagnosticados laboratorialmente com dengue (grupo DEN), sendo 12 pacientes com dengue sem sinais de alarme (grupo DSSA), 5 pacientes com dengue com sinais de alarme (grupo DCSA). Os polimorfismos foram genotipados pelo método PCR-RFLP. Para análise estatística foi utilizado o software on-line gratuito SNPStats e o programa BioEstat versão 5.3. Não houve diferença estatisticamente significante nas frequências alélicas, genotípicas e análise dos modelos de herança genética do polimorfismo A218C (rs1800532) no gene TPH1. Entretanto, no estudo do polimorfismo do gene TPH2, o alelo G foi o mais frequente no grupo controle (GC) e DSSA, simultaneamente o alelo A foi mais frequente no DCSA. Na análise das frequências genotípicas mostrou que o genótipo AA apresentou a maior prevalência no grupo DCSA enquanto que não foi encontrado no grupo controle (GC). Ao mesmo tempo, DCSA não apresentou nenhuma frequência em relação ao genótipo GG e o grupo controle não apresentou nenhuma frequência do genótipo AA. Foi encontrada diferença estatisticamente significante nesse polimorfismo de TPH2, o alelo G apresentou associação de proteção quando comparado ao alelo A em GC vs DCSA (RC com IC 95% = 0,022 [0,022-0,216]; p = 0,0001) e em DSSA vs DCSA (RC com IC 95% = 0,022 [ - ]; p = 0,0003). Também houve diferença estatisticamente significante entre as distribuições genotípicas no modelo codominante (AG) para risco ao agravamento da dengue, quando comparado o grupo dengue (DEN) (RC com IC 95% = 1,50 [0,28-8,14]; p = 0,025) com o grupo controle e no modelo recessivo (GG + AG vs AA) para proteção ao agravamento da dengue, quando comparado o grupo DSSA (RC com IC 95% = 0,02 [0,00-0,46]; p = 0,0032) com o grupo DCSA. O polimorfismo do gene TPH2 se mostrou promissor como um biomarcador genético para identificar proteção a sinais de alarme de dengue. Contudo, por ser um estudo inédito, os resultados obtidos devem ser interpretados com cautela, uma vez que possuiu um poder amostral pequeno. Diante disso, é necessário a execução de mais estudos na área com poder amostral maior possibilitando resultados com maior confiança e que assim enseja uma melhor compreensão dos polimorfismos estudados com a progressão da dengue.

Abstract

Currently, dengue has been a serious public health problem in the world. There is evidence of a relationship beetwenn serotonin levels and dengue complications. Tryptophan hydroxylase I and II (TPH1 and TPH2) are the limiting enzymes in the synthesis of serotonin. Therefore, the objective of this research was to investigate the role of TPH1 and TPH2 gene polymorphisms and their influence on the progression of dengue. A case-control study was performed involving 14 healthy controls with negative dengue results (control group) and 17 laboratorydiagnosed patients dengue (DEN group), being separated into 13 dengue patients without warming signs (DSSA group) and 4 dengue patients with warming signs (DCSA group) to study the polymorphism of the TPH1 gene. While the TPH2 gene polymorphism study included 15 healthy controls with negative dengue results (control group) and 17 laboratorydiagnosed patients dengue (DEN group), being 12 dengue patients without warming signs (DSSA group) and 5 dengue patients with warming signs (DCSA group). The polymorphisms were genotyped by PCR-RFLP method. For statistical analysis, the free online SNPStats software and the BioEstat program version 5.3 were used. There was no statistically significant difference between allele frequencies, genotypes and analysis of genetic inheritance models of the A218C polymorphism (rs1800532) in the TPH1 gene. However, in the study of the TPH2 gene polymorphism, the G allele was the most frequent in the control group (CG) and DSSA group, while the A allele was more frequent in the DCSA group. The analysis of genotype frequencies showed that the AA genotype had the highest prevalence in the DCSA group whereas it was not found in the control group (CG). At the same time, the DCSA did not showed any frequency regarding GG genotype and the control group did not showed any frequency of the AA genotype. Statistically significant difference was found in this TPH2 polymorphism, the G allele showed a protective association when compared to the A allele in GC vs DCSA (OR with 95% CI = 0.022 [0.022-0.216]; p = 0.0001) and in DSSA group vs DCSA group (OR with 95% CI = 0.022 [-]; p = 0.0003). There was also a statistically significant difference between the genotypic distributions in the codominant model (AG) for risk of dengue aggravation, when compared the group dengue (DEN) (OR with 95% CI = 1.50 [0.28-8.14]; p = 0.025) with control group and in the recessive model (GG + AG vs AA) for protection against dengue aggravation, when compared the DSSA group (OR with 95% CI = 0.02 [0.00-0.46 ]; p = 0.0032) with the DCSA group. The TPH2 gene polymorphism has shown promise as a genetic biomarker to identify protection from dengue alarm signals. Yet, for being an unprecedented study, the results obtained should be interpreted with caution, since it had a small sampling power. Thus, it is necessary the execution of more studies in the area with greater sampling power allowing results with greater confidence and that provide a better understanding of the polymorphisms studied with the progress of dengue.

Orientador(a)
Dr.ª Figueiredo, Elaine Virgínia Martins de Souza.
Coorientador(a)
Ma. Santos, Bárbara Rayssa Correia dos.
Banca Examinadora
Dr.ª Santos, Ana Caroline Melo dos.
Ma. Santos, Luana Karen Correia dos.
Palavras-chave
Dengue.
Polimorfismo.
Triptofano hidroxilase.
Áreas do Conhecimento/Localização
Coleção Propriedade Intelectual (CPI) - BSCA.
Categorias CNPQ
2.00.00.00-6 Ciências biológicas.
Visualizações
529
Observações

Acesso restrito definido pelo autor. Provável liberação em: 19 ago. 2021.
Acesso aberto em 02 set. 2021.

Não foi possível exibir o PDF