Complicações e desfechos em longo prazo da embolização terapêutica de malformações arteriovenosas cerebrais: uma revisão sistemática

Complicações e desfechos em longo prazo da embolização terapêutica de malformações arteriovenosas cerebrais: uma revisão sistemática 

Autor(a)
Queiroz, Vinício Rufino.
<vinicio.queiroz@arapiraca.ufal.br> Lúcio, Vivianne Beatriz dos Santos.
<vivianne.lucio@arapiraca.ufal.br>
Ano de publicação
2021
Data da defesa
18/12/2020
Curso/Outros
Medicina
Número de folhas
31
Tipo
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Local
UFAL, Campus Arapiraca, Unidade Educacional ARAPIRACA
Resumo

Introdução: A embolização de Malformações Arteriovenosas Cerebrais (MAVs) tem se estabelecido como uma estratégia promissora, e o conhecimento das complicações e desfechos em longo prazo podem auxiliar no aprimoramento dessa terapêutica e na escolha da melhor intervenção individualizada. Objetivo: Analisar na literatura bibliográfica quais as complicações e os desfechos em longo prazo mais prevalentes em pacientes com MAVs submetidos a embolização terapêutica. Métodos: As buscas foram feitas nos bancos de dados eletrônicos da MEDLINE, PubMed, LILACS e SciELO. Foram coletados dados sobre o perfil epidemiológico da população de cada estudo, características da terapêutica proposta (embolização isolada ou combinada com microcirurgia/radiocirurgia, tipo de material embolizante, número de embolizações, tipo de abordagem utilizada para embolização), e complicações e desfechos em longo prazo. Os desfechos primários foram eventos hemorrágicos, déficits neurológicos, recanalização das MAVs, obliteração completa, óbitos e outros desfechos. Os desfechos secundários foram escala Modificada de Rankin (pré e pós tratamento). Resultados: Um total de 34 artigos (2.799 pacientes) foram incluídos nesta análise. Cerca de 34,2% das MAVs eram Spetzler-Martin grau III. Aproximadamente 39,3% dos pacientes realizaram embolização combinada com radiocirurgia. A complicação em longo prazo mais relatada foi hemorragia, ocorrendo em 8,7% dos pacientes em um período médio de acompanhamento de 58,63 meses. Déficits neurológicos ocorreram em 6,3% dos pacientes após uma média de 34,7 meses. A obliteração completa foi obtida em 51,4% dos casos após um período médio de 36 meses. Óbitos em longo prazo ocorreram em 4% dos pacientes, e em 3,5% houve recanalização das MAVs. Conclusão: A embolização de MAVs é uma estratégia que vem se mostrando cada vez mais segura quando adequadamente indicada, seja de forma isolada ou adjuvante à microcirurgia ou radiocirurgia. As complicações em longo prazo são baixas e os desfechos são satisfatórios, especialmente naqueles pacientes que foram submetidos a terapias combinadas.

Abstract

Introduction: Embolization of Brain Arteriovenous Malformations (AVMs) has been established as a promising strategy, and knowledge of long-term complications and outcomes can help improve this therapy and choose the best individualized intervention. Objective: To analyze in the bibliographic literature which are the most prevalent complications and long-term outcomes in patients with AVMs undergoing endovascular embolization. Methods: Searches were made in the electronic databases MEDLINE, PubMed, LILACS and SciELO. Data were collected on the epidemiological profile of the population in each study, characteristics of the proposed therapy (embolization alone or combined with microsurgery/radiosurgery, type of embolization material, number of embolizations, type of approach used for embolization), and long-term complications and outcomes. The primary outcomes were hemorrhagic events, neurological deficits, recanalization of AVMs, complete obliteration, deaths, and other outcomes. Secondary outcomes were Modified Rankin scale (before and post-treatment) and Glasgow Outcome Score. Results: A total of 34 articles (2,799 patients) were included in this analysis. Approximately  34.2% of AVMs were Spetzler-Martin grade III, and 39.3% of patients performed embolization combined with radiosurgery. The most reported long-term complication was hemorrhage, occurring in 8.7% of patients over an average follow-up period of 58.63 months. Neurological deficits occurred in 6.3% of patients after an average of 34.7 months. Complete obliteration was achieved in 51.4% of cases after an average period of 36 months. Long-term deaths occurred in 4% of patients, and in 3.5% there was recanalization of AVMs. Conclusion: Embolization of AVMs is a strategy that has been shown to be increasingly safe when properly indicated, either in isolation or as an adjunct to microsurgery or radiosurgery. Long-term complications are low and outcomes are satisfactory, especially in those patients who have undergone combination therapies.

Orientador(a)
Dr. Souza, Carlos Dornels Freire de.
Coorientador(a)
Dr. Lins, Cícero José Pacheco.
Banca Examinadora
Prado, Mariana Reis.
Dr. Silva, Victor Menezes.
Palavras-chave
Malformações arteriovenosas intracranianas.
Embolização terapêutica.
Tratamento endovascular.
Distúrbios vasculares.
Neurocirurgia.
Áreas do Conhecimento/Localização
Coleção Propriedade Intelectual (CPI) - BSCA.
Categorias CNPQ
4.00.00.00-1 Ciências da saúde.
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