Influência do nível de proteína bruta em dietas práticas isocalóricas no desempenho zootécnico e na atividade das enzimas digestivas das pós larvas do camarão pitu (_Macrobrachium carcinus_).
Influência do nível de proteína bruta em dietas práticas isocalóricas no desempenho zootécnico e na atividade das enzimas digestivas das pós larvas do camarão pitu (Macrobrachium carcinus).
<jessica.nascimento@arapiraca.ufal.br>
Buscando um manejo alimentar adequado para larvicultura do camarão-pitu Macrobrachium
carcinus avaliou-se a influência da proteína bruta (PB) em dietas isocalóricas no desempenho
zootécnico e na atividade das enzimas digestivas. Um experimento inteiramente casualizado
com 3 tratamentos T25, T30 e T35 (contendo 25, 30 e 35 g kg⁻ 1 PB, respectivamente e sendo
dietas isoenergéticas ao nível de 4.500 Kcal.Kg-1
) e 16 repetições, foi delineado. Em cada
unidade experimental foram estocadas 1,12 pós-larvas recém metamorfoseadas/L com peso
médio 1.86±0.65mg, alimentadas com 30% da biomassa total fracionada em quatro tratos.
Após 30 dias, os exemplares foram contados, pesados (0,0001g) e determinados o peso final
médio, ganho de peso médio, conversão alimentar aparente, índice hepatossomático,
sobrevivência final e a atividade das enzimas tripsina, quimiotripsina, protease total e leucinoaminopeptidase. A temperatura, oxigênio dissolvido e pH foram monitorados diariamente
enquanto a alcalinidade, dureza e amônia total da água foram monitorados quizenalmente, e
não apresentaram diferenças entre os tratamentos. As taxas de sobrevivência (86,44±17,46 a
92,70±11,33%) e a conversão alimentar aparente (CAA) (1,56±0,62 a 2,25±0,64) não foram
influenciadas pelas concentrações de PB nas dietas (P>0,05). Por outro lado, as pós-larvas
alimentadas com 35 g kg⁻ 1 PB (p<0,05) obtiveram maior ganho de peso (1,54±0,47 mg/dia),
peso médio final (3,34±0,52 mg) e melhor atividade das enzimas digestivas protease total
(3,76±2,18 mU mg⁻1
), quimiotripsina (0,76±0,60 mU mg⁻1
), leucino-aminopeptidase
(0,46±0,24 mU mg⁻1
) em relação a dieta 25 g kg⁻ 1 PB. Entretanto a tripsina (0,35±0,22 mU
mg⁻1
) não apresentou diferença significativa entre os tratamentos de 30 e 35 g kg⁻ 1 PB
(p<0,05) (0,35±0,22 mU mg⁻1
). Logo, conclui-se que a dieta de 35 g kg⁻ 1 PB para o maior
crescimento e atividades enzimáticas das pós-larvas de camarão pitu.
Seeking an adequate feed management for the larviculture of the prawn Macrobrachium carcinus, the influence of crude protein (CP) in isocaloric diets on the performance of zootechnics and on the activity of digestive enzymes was evaluated. A completely randomized experiment with 3 treatments T25, T30 and T35 (containing 25, 30 and 35 g kg⁻ 1 CP, respectively and being isoenergetic diets at the level of 4,500 Kcal.Kg-1 ) and 16 replications, was designed. In each experimental unit, 1.12 newly metamorphosed larvae/L with an average weight of 1.86±0.65mg were stored, fed with 30% of the total biomass fractionated in four tracts. After 30 days, the specimens were counted, weighed (0.0001g) and the average final weight, average weight gain, apparent feed conversion, hepatosomatic index, final survival and the activity of the enzymes trypsin, chymotrypsin, total protease and leucine- aminopeptidase. The temperature, dissolved oxygen and pH were monitored daily while the alkalinity, hardness and total ammonia of the water were monitored biweekly, and showed no differences between treatments. Survival rates (86.44±17.46 to 92.70±11.33%) and apparent feed conversion (CAA) (1.56±0.62 to 2.25±0.64) were not influenced by the CP concentrations in the diets (P>0.05). On the other hand, post-larvae fed with 35 g kg⁻ 1 CP (p<0.05) had greater weight gain (1.54±0.47 mg/day), average final weight (3.34±0 .52 mg) and better activity of digestive enzymes total protease (3.76±2.18 mU mg⁻1), chymotrypsin (0.76±0.60 mU mg⁻1), leucine-aminopeptidase (0.46±0 .24 mU mg⁻1) compared to 25 g kg⁻ 1 CP diet. However, trypsin (0.35±0.22 mU mg⁻1) showed no significant difference between the treatments of 30 and 35 g kg⁻ 1 CP (p<0.05) (0.35±0.22 mU mg⁻ 1). Therefore, it is concluded that the diet of 35 g kg⁻ 1 CP for the greatest growth and enzymatic activities of the prawn post larvae.
Dr.ª Ribeiro, Karina.
Dr. Silva, Luis Otávio Brito da.
Camarão de água doce.
Camarão Pitu.
Nutrição - Proteína.
Ração.