Comportamento ingestivo de ovinos recebendo níveis crescentes de farelo de mamona na ensilagem de cana-de-açúcar

O experimento foi conduzido com o objetivo de avaliar o efeito da adição do farelo de mamona detoxificado (FM) na ensilagem de cana-de-açúcar sobre o comportamento ingestivo de ovinos confinados. Foram utilizados 40 ovinos mestiço Santa Inês, com peso vivo médio de 20 kg, mantidos em confinamento. Os animais foram distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado (DIC) com cinco tratamento e 8 repetições, os tratamentos foram constituídos de cinco níveis de inclusão 0, 5, 10, 15 e 20% de farelo mamona detoxificado na ensilagem de cana de açúcar. Os animais foram submetidos a um período de adaptação de 14 dias e 60 dias de período experimental (totalizando 74 dias de confinamento). As dietas possuíram uma relação volumoso: concentrado de 60:40. As variáveis comportamentais estudadas foram: tempo de alimentação, tempo de ruminação, tempo de ócio. O consumo de MS apresentou comportamento quadrático enquanto o consumo de fibra em detergente neutro (FDN) não foi influenciado. A atividade de alimentação, e ruminação (minutos/dia, min/kg MS e FDN) apresentaram comportamento linear decrescente com a inclusão do farelo de mamona, o tempo em minutos despendidos na atividade em ócio, apresentou resposta linear crescente. As variáveis quantidades de bolos ruminados e o tempo/bolo, mastigação/bolo e mastigação/dia não foram influenciados pelos níveis de inclusão de farelo de mamona. O número de períodos de alimentação (NPA), tempo de duração dos períodos de alimentação (TPA) e ócio TPO (min) foram influenciados com a adição de farelo de mamona, apresentando um comportamento quadrático. A eficiência de alimentação e ruminação (g MS e FDN/hora) aumentou com a inclusão de farelo de mamona na ensilagem da cana-de-açúcar. A inclusão de farelo de mamona detoxificado na ensilagem de cana-de- açúcar influenciou o comportamento ingestivo de ovinos da raça Santa Inês, por promover uma redução no tempo de alimentação e proporcionar uma melhora na eficiência de ruminação.

The experiment was carried out to evaluate the effect of adding detoxified castor bean meal(FM) to sugarcane silage on the ingestive behavior of confined sheep. Forty crossbred Santa Inês sheep, with an average live weight of 20 kg, kept in feedlots were used. The animals were distributed in a completely randomized design (DIC) with five treatments and 8 repetitions, the treatments consisted of five levels of inclusion 0, 5, 10, 15 and 20% of castor bean meal detoxified in sugarcane ensilage. The animals were submitted to an adaptation period of 14 days and 60 days of experimental period (totaling 74 days of confinement). The diets had a forage:concentrate ratio of 60:40. The behavioral variables studied were: feeding time, rumination time, idle time. The DM intake showed a quadratic behavior while the neutral detergent fiber (NDF) intake was not influenced. The feeding and rumination activity(minutes/day, min/kg DM and NDF) presented a decreasing linear behavior with the inclusion of castor bean meal, the time in minutes spent in the activity in idle, presented a linear increasing response. The variable amounts of ruminated cakes and time/cake, chewing/cake and chewing/day were not influenced by the levels of inclusion of castor bean meal. The number of feeding periods (NPA), duration of feeding periods (TPA) and idle TPO (min) were influenced by the addition of castor bean meal, showing a quadratic behavior. Feeding and rumination efficiency (g DM and NDF/hour) increased with the inclusion of castor bean meal in sugarcane ensilage. The inclusion of detoxified castor bean meal in sugarcane silage influenced the ingestive behavior of Santa Inês sheep, by promoting a reduction in feeding time and providing an improvement in rumination efficiency.