A relação do homem com a natureza: a experiência de convivência da articulação Semiárido alagoano

A relação do homem com a natureza: a experiência de convivência da articulação Semiárido alagoano

Autor(a)
Fontes, Cinthia Cristina Santos.
<cinthiacsf87@gmail.com>
Ano de publicação
2016
Data da defesa
19/03/2016
Curso/Outros
Esp.Residência Agrária em Extensão Rural
Número de folhas
28
Tipo
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Local
UFAL, Campus Arapiraca, Unidade Educacional ARAPIRACA
Resumo

Quando se pensa no semiárido brasileiro a imagem que nos é passada é de uma região hostil, solo rachado, pessoas e animais definhando. “O semiárido brasileiro é um tesouro que aprendeu-se a não enxergar, por questões historicamente difundidas e que hoje fazem parte de uma visão cultural extremamente arraigada.” (FONTES, 2010, p.10). As secas são fenômenos naturais do Nordeste; desse modo, não há como combatê-las. Todavia, seus efeitos podem ser enfrentados com tecnologias sociais apropriadas, tornando dessa forma, possível a convivência do homem com o semiárido. A realidade do semiárido brasileiro apresenta potencialidades para a produção e não está fundamentalmente condicionada à miséria. É um cenário de paisagens distintas, cuja razão de ser encontra-se na distribuição irregular das chuvas. Apesar de as desigualdades sociais e o domínio político das elites conservadoras serem marcas de todo Nordeste, em Alagoas essas características se expressam de forma mais contundente. E, particularmente na região semiárida, um atraso na política, com raízes em práticas como coronelismo, apadrinhamento político e continuísmo de algumas poucas famílias no poder. Em contrapartida, a concentração da terra e renda está nas mãos dessa minoria, caracterizando a necessidade da reforma Agrária e da demarcação dos territórios tradicionais, indígenas e quilombolas. Deste modo, conduzimos nossa investigação para tentar responder às seguintes indagações: como se dá essa relação entre o homem e natureza no semiárido? Quais os pontos fortes e fracos desta convivência trazida pela ASA Alagoas? O trabalho foi desenvolvido a partir da minha experiência prática nos diversos espaços coletivos da Articulação Semiárido Alagoano, desde o âmbito microrregional até o nacional, a que os membros desta rede estiveram presentes; Realizamos em um segundo momento reuniões em todas as Asas municipais, porém o foco principal foram as reuniões mensais nas microrregiões, espaço de discussão política e busca coletiva de soluções para alguns problemas apresentados nesta realidade.

Abstract

When we think of the Brazilian semi-arid region, the image that is given to us is of a hostile region, cracked soil, people and animals languishing. “The Brazilian semi-arid region is a treasure that we learned not to see, due to historically widespread issues that today are part of an extremely ingrained cultural vision.” (FONTES, 2010, p.10). Droughts are natural phenomena in the Northeast; so there is no way to fight them. However, its effects can be faced with appropriate social technologies, thus making it possible for man to live with the semiarid region. The reality of the Brazilian semiarid region has potential for production and is not fundamentally conditioned to misery. It is a scenario of distinct landscapes, whose reason for being lies in the irregular distribution of rainfall. Although social inequalities and the political dominance of conservative elites are hallmarks of the entire Northeast, in Alagoas these characteristics are expressed more forcefully. And, particularly in the semi-arid region, a backwardness in politics, with roots in practices such as coronelismo, political patronage and continuity of a few families in power. On the other hand, the concentration of land and income is in the hands of this minority, characterizing the need for agrarian reform and the demarcation of traditional, indigenous and quilombola territories. In this way, we conducted our investigation to try to answer the following questions: how does this relationship between man and nature take place in the semiarid region? What are the strengths and weaknesses of this coexistence brought by ASA Alagoas? The work was developed from my practical experience in the various collective spaces of the Alagoas Semiarid Articulation, from the micro-regional to the national scope, where the members of this network were present; In a second moment, we held meetings in all the municipal Wings, but the main focus was the monthly meetings in the microregions, a space for political discussion and collective search for solutions to some problems presented in this reality.

Orientador(a)
Barros, Lays Elizabett Ferreira.
Banca Examinadora
Dr.ª Duarte, Adriana Guimarães.
Dr. Santos, Cícero Gomes dos.
Palavras-chave
Semiárido - Alagoas.
Políticas públicas.
Tecnologias sociais.
Áreas do Conhecimento/Localização
Coleção Propriedade Intelectual (CPI) - BSCA.
Categorias CNPQ
5.00.00.00-4 Ciências agrárias.
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