Variação, crenças e preconceito linguístico: o mito da superioridade linguística

Variação, crenças e preconceito linguístico: o mito da superioridade linguística

Autor(a)
Lima, Fernando Antônio de.
<fernandolimavds13@gmail.com>
Ano de publicação
2023
Data da defesa
23/03/2023
Curso/Outros
Letras - Língua Portuguesa
Número de folhas
28
Tipo
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Local
UFAL, Campus Arapiraca, Unidade Educacional ARAPIRACA
Resumo

Este trabalho tem como objetivo desmitificar as crenças que recaem sobre a língua portuguesa, em especial sobre os falares das classes desprestigiadas. Assim, com este trabalho, pretendemos reiterar que, no Brasil, o fenômeno da variação está presente em todas as classes sociais e a superioridade linguística é um mito social. Para tanto, nos apoiamos nos pressupostos básicos da Sociolinguística Variacionista (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006; LABOV, 2008), assim como nas discussões de Bortoni-Ricardo (2004) e de Bagno (1999; 2015). Para alcançar o objetivo do presente trabalho, trazemos situações da vida cotidiana, como falas de pessoas conhecidas, as quais ocupam um lugar de destaque em nossa sociedade. Trazemos para nossas discussões, também, o conteúdo de dois vídeos retirados da plataforma Youtube: O primeiro é intitulado “Documentário: A língua portuguesa” e o segundo é um corte do programa Sai de Baixo, da TV Globo. Nossos estudos revelaram que a superioridade linguística não passa de um mito construído socialmente (sem fundamentação científica) que recai sobre as classes desfavorecidas. Com este estudo, podemos contribuir para a desconstrução das crenças e do preconceito linguístico. Que essa desconstrução seja um movimento constante, que tenha início na escola, a partir das séries iniciais. 

Abstract

This paper aims to demystify the beliefs that are held about the Portuguese language, especially about the speech of underprivileged classes. Thus, with this work, we intend to clarify that, in Brazil, the phenomenon of variation is present in all social classes and, therefore, linguistic superiority is a social myth. To do so, we rely on the basic assumptions of Variationist Sociolinguistics (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006; LABOV, 2008), as well as on the discussions of Bortoni-Ricardo (2018) and Bagno (1999; 2015). To achieve the goal of the present paper, we bring in situations from everyday life, such as lines from wellknown people, which occupy a prominent place in our society. We also bring to our discussions the content of two videos taken from the Youtube platform: The first is titled "Documentary Linguistic Prejudice" and the second is a cut from the TV Globo show Sai de Baixo. Our studies have revealed that linguistic superiority is nothing more than a socially constructed myth (without scientific foundation) that falls upon the poorer classes. With the present work, we can contribute to the deconstruction of beliefs and linguistic prejudice. May this deconstruction be a constant movement that begins at school, starting at the early grades. 

Orientador(a)
Dr.ª Vitório, Elyne Giselle de Santana Lima Aguiar.
Banca Examinadora
Dr.ª Oliveira, Eliane Vitorino de Moura.
Dr. Silva Júnior, Silvio Nunes da.
Palavras-chave
Sociolinguística.
Variação linguística.
Linguística e línguas.
Áreas do Conhecimento/Localização
Coleção Propriedade Intelectual (CPI) - BSCA.
Categorias CNPQ
8.00.00.00-2 Linguística, letras e artes.
Visualizações
787
Observações


Não foi possível exibir o PDF