Avaliação da capacidade antioxidante e modelagem molecular de cumarinas sintéticas
Avaliação da capacidade antioxidante e modelagem molecular de cumarinas sintéticas
<miguel.lourenco@arapiraca.ufal.br>
Espécies reativas são produtos metabólitos relacionados com o estresse oxidativo, responsável por doenças cardiovasculares, neurodegenerativas e câncer. Além disso, há presença enzimas que também contribui para que haja produção dessas espécies reativas. Nessa perspectiva, pesquisas que buscam compostos com atividade antioxidante e com capacidade inibitória continuam sendo promissoras. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é avaliar a capacidade antioxidante e docking molecular de cumarinas sintéticas. Realizou-se estudos in vitro de avaliação da capacidade antioxidante com o radical DPPH• e estudos in sílico, baseados em docking molecular, com as enzimas mieloperoxidase e xantina oxidase com duas cumarinas. Como resultado, a cumarina FN06 apresentou perfil de fotoestabilidade, enquanto a FN19 necessita de outros estudos para investigação de fotodegradação. Quanto à capacidade antioxidante, uma cumarina destacou-se como promissora em capturar radicais DPPH, a FN19, com o valor de IC50 de 22,20 M, enquanto a FN06 teve um IC50 de 1.220,20 M. Além disso, os resultados em docking molecular indicam que a FN19 demonstrou ser promissora na mieloperoxidase, por interagir com aminoácidos importantes e com o grupo heme, se comparada à xantina oxidase, que apesar de interagir com os aminoácidos importantes, não realizou interações com o cofator da enzima. A FN06 foi a cumarina que menos evidenciou uma possível capacidade de inibição enzimática. Desse modo, confirmou-se via espectroscopia que essas cumarinas podem agir como antioxidantes, bem como podem ser moléculas responsáveis pela inibição da enzima mieloperoxidase.
At physiological levels, reactive oxygen, nitrogen and carbon species contribute to protection against xenobiotic agents and cell signaling. On the other hand, the condition of oxidative stress is related to cardiovascular and neurodegenerative diseases and cancer. In addition, the presence of enzymes that catalyze redox reactions also contributes to the deleterious production of free radicals, thus requiring inhibitory pathways. Research looking for compounds with antioxidant activity continues to be promising. In this sense, the objective of this work is to evaluate the antioxidant and docking capacity of synthetic coumarins. In vitro studies were carried out to evaluate the antioxidant capacity with the DPPH• radical and in silico studies, based on molecular docking, with the enzymes Myeloperoxidase and Xanthine Oxidase with two coumarins. As a result, a coumarin stood out as promising in scavenging DPPH radicals, FN19, with an IC50 value of 22.20 μM, while FN06 had an IC50 of 1220.20 μM. In addition, molecular docking results showed that FN19 proved to be promising in Myeloperoxidase, as it interacts with important amino acids and with the heme group, compared to Xanthine Oxidase, which, despite interacting with important amino acids, does not promote interactions with the enzyme cofactor. FN06 was the coumarin that least evidenced a possible enzymatic inhibition capacity Thus, it was confirmed via spectroscopy that these coumarins can act as antioxidants, as well as being molecules responsible for the inhibition of the Myeloperoxidase enzyme.
Dr.ª Bispo, Marcelle Lima Ferreira.
Dr. Vechi, Sérgio Modesto.
Avaliação antioxidante.
Estresse oxidativo.