A densidade construtiva como vilã ou protagonista: uma análise bioclimática de espaços livres na cidade de Arapiraca - AL
A densidade construtiva como vilã ou protagonista: uma análise bioclimática de espaços livres na cidade de Arapiraca - AL
<marcos.lima@arapiraca,ufal.br>
As cidades brasileiras vêm ao longo das últimas décadas passando por um processo de urbanização acelerado, gerando impactos como as mudanças climáticas em diversas escalas, como na microclimática, que podem afetar as condições de conforto humano. Dessa maneira, é oportuno que haja a consolidação dos estudos sobre a importância da informação climática no processo de planejamento urbano desenvolvidos em cidades. O presente trabalho analisou a influência da morfologia urbana no desempenho climático de tecidos urbanos selecionados na cidade de Arapiraca, interior de Alagoas, a partir da avaliação da influência do parâmetro de densidade construtiva e da aplicação da estratégia de resfriamento evaporativo, através do índice de densidade arbórea, de espaços livres da cidade. Assim, o objetivo do trabalho é analisar a influência do adensamento construtivo urbano e das estratégias de resfriamento evaporativo na formação de microclimas de espaços externos na cidade de Arapiraca-AL. Os procedimentos metodológicos estão divididos em cinco etapas: a) pesquisa bibliográfica e documental sobre a temática, b) seleção e caracterização de tecidos urbanos representativos e quantificação de parâmetros urbanísticos de densidade construtiva e índice de densidade arbórea, c) elaboração de ficha de caracterização bioclimática dos tecidos selecionados, d) monitoramento microclimáticos dos tecidos urbanos selecionados, e) análise comparativa de desempenho climático dos tecidos urbanos selecionados, f) análise de correlação entre os parâmetros de geometria urbana e as variáveis climáticas. Os resultados mostraram que o tecido 1 (Residencial Espace) apresentou maior capacidade de amenização climática, seguido do tecido 2 (UFAL) devido a presença da estratégia de resfriamento evaporativo. O tecido que presentou maior inadequação climática foi o tecido 3 (Centro), devido sua morfologia e ausência de arborização.
Over the last few decades, Brazilian cities have been undergoing an accelerated urbanization process, generating impacts such as climate change at various scales, such as microclimatic, which can affect human comfort conditions. Thus, it is important to consolidate studies on the importance of climate information in the urban planning process developed in cities. The present work analyzes the influence of urban morphology on the climatic performance of selected urban fabrics in the city of Arapiraca, in the interior of Alagoas, from the evaluation of the influence of the constructive density parameter and the application of the evaporative cooling strategy, through the tree density index, of free spaces in the city. Thus, the objective of this work is to analyze the influence of urban construction densification and evaporative cooling strategies on the formation of microclimates of outdoor spaces in the city of Arapiraca-AL. The methodological procedures are divided into five stages: a) bibliographic and documentary research on the subject, b) selection and characterization of representative urban fabrics and quantification of urban parameters of construction density and tree density index, c) elaboration of a Bioclimatic Characterization form of the selected fabrics, d) microclimatic monitoring of the selected urban fabrics, e) comparative analysis of the climatic performance of the urban fabrics f) Correlation analysis between urban geometry parameters and climatic variables. The results showed that tissue 1 (espace) presented the greatest capacity for climate mitigation, followed by tissue 2 (UFAL) due to the presence of the evaporative cooling strategy. The tissue that presented the greatest discomfort was tissue 3 (center), due to its morphology and absence of arborization.
Ma. Brandão, Luana Karla de Vasconcelos.
Dr.ª Nascimento, Melyna de Almeida Lamenha.
Microclima.
Espaços livres.
Adensamento construtivo.