Estimativa da erosividade da chuva na bacia hidrográfica do rio Mundaú, no território alagoano utilizando modelos matemáticos
Estimativa da erosividade da chuva na bacia hidrográfica do rio Mundaú, no território alagoano utilizando modelos matemáticos
<mayararodrigues011@gmail.com>
O conhecimento dos fatores que
exercem influência no processo erosivo hídrico vem ganhando destaque que se
trata de manejo e conservação de recursos naturais, principalmente em bacia
hidrográfica, que representa um recorte territorial que abrange diferentes
ambientes geomorfológicos. A precipitação, dentre os fatores que atuam na
erosão, recebem destaque por adicionar energia cinética no sistema, que é
descrita como erosividade das chuvas, que é função exclusiva das
características físicas da chuva, representada pelo diâmetro das gotas,
intensidade e a velocidade terminal. Dentre os grandes desafios no estudo da
erosividade, consiste em transformar valores de precipitação, em valores
matemáticos para sua utilização em modelos matemáticos. Nesta busca, já foram
desenvolvidos vários modelos matemáticos, principalmente com a utilização de
dados pluviométricos, que não é o método padrão de estimativa da erosividade
das chuvas. O presente trabalho tem como objetivo determinar a erosividade das
chuvas com baseemdadospluviométricos de dez municípios da porção da Bacia Hidrográfica
do Rio Mundaú, no território alagoano, utilizando-se três modelos matemáticos. A
bacia hidrográfica do Rio Mundaú, está localizada nos estados de Pernambuco e
Alagoas, em seu curso percorre em diferentes domínios morfoclimáticos que vão
desde a região do Semiárido ao Litoral. Na parte alagoana da bacia, corresponde
à sua metade inferior, inserida no recorte territorial de quinze municípios
alagoanos. Nesta pesquisa foram analisadas informações pluviométricas de dez
municípios integrantes da Bacia Hidrográfica do Rio Mundaú, no território
alagoano, no período de observação pluviométrica de 1963 a 1985, com dados
oriundos do banco de dados pluviométricos na Superintendência de
Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). Para obtenção dos valores de erosividade
das chuvas, foram utilizados os modelos propostos por Lombardi Netto;
Moldenhauer, Rufino e colaboradores e Rufino e Colaboradores, todos
desenvolvidos na década de 90. O modelo proposto por Lombardi Neto; Moldenhauer,
na década de noventa, na análise estatística apresentou as maiores médias de
erosividade em todos os municípios analisados que englobam a Bacia Hidrográfica
do Rio Mundaú, exceto em São José
da Laje onde o modelo com maior média foi o de Rufino e colaboradores. Na
análise da relação entre a precipitação e erosividade mensal o modelo que
apresentou os maiores índices de erosividade foi o modelo de Morais e
colaboradores em todos os municípios observados no estudo. O município de
Satuba foi caracterizado como a maior média anual de precipitação o que
consequentemente colaborou para os maiores índices de erosividade entre todos
os municípios analisados. Em todos municípios analisados os meses mais chuvosos
foram os meses de maio, junho e julho, e os meses com menor incidência de
chuvas foram novembro e dezembro, com isso apresentaram os menores índices de
erosividade na avaliação dos três modelos matemáticos.
The knowledge of the factors that
exert influence on the water erosion process has been gaining prominence that
it is about management and conservation of natural resources, mainly in the
hydrographic basin, which represents a territorial cut that covers different
geomorphological environments. Precipitation, among the factors that act on
erosion, is highlighted for adding kinetic energy to the system, which is
described as rainfall erosivity, which is an exclusive function of the physical
characteristics of rain, represented by the diameter of the drops, intensity
and terminal velocity. One of the major challenges in the study of erosivity is
to transform precipitation values into mathematical values for use in
mathematical models. In this search, several mathematical models have already
been developed, mainly using rainfall data, which is not the standard method
for estimating rainfall erosivity. This work aims to determine the erosivity of
rainfall based on rainfall data from ten municipalities in the portion of the
Mundaú River Basin, in Alagoas territory, using three mathematical models. The
Mundaú river basin is located in the states of Pernambuco and Alagoas, in its
course it crosses different morphoclimatic domains that range from the
semi-arid region to the coast. In the Alagoas part of the basin, it corresponds
to its lower half, inserted in the territorial cut of fifteen municipalities in
Alagoas. In this research, rainfall information was analyzed from ten
municipalities that make up the Mundaú River Basin, in Alagoas territory, in
the rainfall observation period from 1963 to 1985, with data from the rainfall
database at the Superintendence of Northeast Development (SUDENE). To obtain
rainfall erosivity values, the models proposed by Lombardi Netto were used;
Moldenhauer, Rufino et al. and Rufino et al., all developed in
the 90's. The model proposed by Lombardi Neto; Moldenhauer, in the nineties, in
the statistical analysis presented the highest averages of erosivity in all the
analyzed municipalities that encompass the Mundaú River Basin, except in São
José da Laje, where the model with the highest average was that of Rufino et
al. In the analysis of the relationship between precipitation and monthly
erosivity, the model that presented the highest erosivity indices was the model
by Morais et al. in all municipalities observed in the study. The
municipality of Satuba was characterized as having the highest average annual
precipitation, which consequently contributed to the highest rates of erosivity
among all the analyzed municipalities. In all municipalities analyzed, the
rainiest months were May, June and July, and the months with the lowest
rainfall were November and December, thus presenting the lowest erosivity
indices in the evaluation of the three mathematical models.
Dr.ª Oliveira, Kamilla Andrade de.
Dr. Santos, Márcio Aurélio Lins dos.
Precipitação pluviométrica.
Bacia hidrográfica - Manejo.