Prevalência do nível de atividade física e comportamento sedentário de pacientes com AVC atendidos na unidade de AVC do Hospital de Emergência do Agreste
Prevalência do nível de atividade física e comportamento sedentário de pacientes com AVC atendidos na unidade de AVC do Hospital de Emergência do Agreste
<anne.gabrielle@arapiraca.ufal.br> Silva, Francisco Wellington dos Santos da.
<francisco.silva@arapiraca.ufal.br>
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda principal causa de morte no mundo e a terceira causa de incapacidade funcional e morte combinadas, caracterizado por um déficit neurológico focal agudo persistente por mais de 24 horas. Nesse contexto, o presente estudo foi realizado na Unidade de AVC do Hospital de Emergência do Agreste, visando avaliar a prevalência da atividade física e do comportamento sedentário na população afetada por tal condição. Para tanto, utilizou- se um questionário para coleta de dados sociodemográficos, assim como as principais escalas neurológicas como o Rankin, NIHSS (National Institutes of Health Stroke Scale), Miniexame do Estado Mental (MEEM), Escala de Mobilidade Hospitalar (EMH) escala de Saltin-Grimbym e o Diário de Atividades de Vida Diária. Com isso, os dados coletados foram submetidos a análises estatísticas a partir dos testes de Kolmogorov- Smirnov e o teste de correlação de Sperman. Foram incluídos 103 pacientes, dos quais 52,42% eram do sexo feminino, 53,39% da raça parda, com média de idade de 66 ± 14,55 anos. Encontramos que o tipo de AVC mais prevalente foi o isquêmico com 64 pacientes (62,13%), o fator de risco mais prevalente foi a Hipertensão Arterial Sistêmica. Quanto as escalas, pela a Escala de Rankin Modicada encontramos que que a maioria dos pacientes foram admitidos com um nível de incapacidade leve, enquanto a NIHSS de admissão demostrou um grau de incapacidade moderado a grave (ERm ≥ 3); já no momento da alta, a maioria dos pacientes possuíam um grau de incapacidade moderadamente alto tanto na ERm quanto na NIHSS (ERm ≥ 3 e NIHSS ≥ 16 ). Observou- se que 87,5% dos entrevistados foram direcionados para a terapia conservadora e apenas 7,81% para terapia trombolítica. Quanto ao comportamento sedentário após o AVC o tempo médio foi de 14,85 ± 0,75 horas. Como resultado da análise do nível de funcionalidade 3 meses após o AVC encontramos que mais da metade dos pacientes possuíam alguma dependência funcional. Além disso, a análise de correlação revelou correlações significativas entre a funcionalidade após 3 meses do AVC e fatores clínicos, como o nível de mobilidade hospitalar e a gravidade do déficit neurológico no momento da alta hospitalar.
Stroke is the second leading cause of death worldwide and the third leading cause of combined functional disability and death, characterized by acute persistent focal neurological deficit for more than 24 hours. In this context, this study was conducted at the Stroke Unit of Agreste Emergency Hospital to assess the prevalence of physical activity and sedentary behavior in the population affected by such condition. A questionnaire was used for sociodemographic data collection, as well as key neurological scales such as the Modified Rankin Scale, NIHSS (National Institutes of Health Stroke Scale), Mini-Mental State Examination (MMSE), Hospital Mobility Scale (HMS), Saltin-Grimby scale, and the Daily Life Activities Diary. The collected data were subjected to statistical analysis using Kolmogorov-Smirnov and Spearman correlation tests. A total of 103 patients were included, of which 52.42% were female, 53.39% were of mixed race, with a mean age of 66 ± 14.55 years. We found that the most prevalent type of stroke was ischemic, with 64 patients (62.13%), and the most prevalent risk factor was systemic arterial hypertension. Regarding the scales, the Modified Rankin Scale showed that the majority of patients were admitted with mild disability, while the admission NIHSS demonstrated a moderate to severe degree of disability; at discharge, most patients had a moderately high degree of disability both in the Modified Rankin Scale and NIHSS. It was observed that 87.5% of the respondents were directed to conservative therapy and only 7.81% to thrombolytic therapy. Regarding sedentary behavior post-stroke, the average time was 14.85 ± 0.75 hours. Analysis of functional level 3 months post-stroke revealed that more than half of the patients had some functional dependency. Furthermore, correlation analysis revealed significant correlations between functionality 3 months post-stroke and clinical factors, such as level of hospital mobility and severity of neurological deficit at the time of hospital discharge.
Ma. Dantas, Lívia Carolina de Souza.
Comportamento sedentário.
Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Estado funcional .