Associação do comportamento sedentário com o sexo e o tipo de escola em adolescentes brasileiros
Associação do comportamento sedentário com o sexo e o tipo de escola em adolescentes brasileiros
<lucas.lima@arapiraca.ufal.br>
O objetivo do estudo foi analisar a associação do tempo de exposição ao comportamento sedentário com o sexo e o tipo de escola (pública e privada) em adolescentes brasileiros. Trata-se de estudo transversal utilizando dados secundários oriundos da terceira edição da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar – PeNSE, 2015. No presente estudo, a amostra utilizada foi de 71.903 adolescentes, de ambos os sexos, com idades entre 13 a 16 anos, matriculados no 9o ano do ensino fundamental. As variáveis utilizadas nesse estudo foram coletadas por questionário da PeNSE 2015 com o diretor ou responsável da escola (tipo de escola, região geográfica e quadra esportiva) e com os escolares (tipo de município, área geográfica do município, escolaridade materna, insegurança percebida, cor/raça, idade, sexo e comportamento sedentário). Utilizou-se a analise descritiva a fim de verificar o comportamento sedentário associado ao sexo e ao tipo de escola e, posteriormente, o teste Qui-quadrado para avaliar se o sexo e o tipo de escola estão associados significativamente ao comportamento sedentário. Verificou-se que 69,8% dos adolescentes ultrapassaram as 2 horas diárias de comportamento sedentário. Quando analisada a relação do sexo com o tempo de exposição do comportamento sedentário, percebe-se que em meninos 69% apresenta tempo superior às 2 horas diárias recomendadas, enquanto no grupo das meninas a prevalência foi de 70,5%. Quanto ao tipo de escola, enquanto 67% dos estudantes de escolas públicas têm tempo de comportamento sedentário superior às 2 horas diárias, em escolas privadas este valor é superior, abrangendo 78,5% dos estudantes. Os resultados desse estudo indicam uma alta prevalência de adolescentes com altos níveis de comportamento sedentário, sendo os meninos e os estudantes de escolas privadas os adolescentes mais afetados por este hábito. Essa pesquisa indica também que aspectos sociodemográficos e nível econômico interferem no nível de comportamento sedentário de adolescentes brasileiros.
Ma. Pinheiro, Ingrid Kelly Alves dos Santos.
Comportamento sedentário.
Exercícios físicos - Aspectos da saúde.