Fitossociologia e manejo do angico-de-caroço (_Anadenanthera colubrina_ (Vell.) Brenan do Semiárido alagoano
Fitossociologia e manejo do angico-de-caroço (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan do Semiárido alagoano
<maramarques07@hotmail.com>
O extrativismo de madeira e casca de árvores no semiárido brasileiro tem sido apontado como um fator de pressão sobre as espécies das caatingas que pode ocasionar a redução de suas populações. Neste trabalho foi avaliado o extrativismo do angico-de-caroço em um município do semiárido de Alagoas, visando identificar o conhecimento associado às práticas adotadas para extração de casca e de madeira e os possíveis impactos sobre a densidade da espécie. Os resultados apontam que a extração da casca é feita em grande escala visando abastecer curtumes e que a principal forma de obtenção é através do corte raso de um ou mais fustes. A madeira é aproveitada principalmente para estacas, mas também para lenha e carvão. Para as entrevistas foram selecionados 10 informantes, escolhidos através da técnica “Bola de Neve”. Para a amostragem foram montadas 30 parcelas de 10x20m com espaçamento entre parcelas de 10m, distribuídas em duas linhas de 15 parcelas ao longo de uma trilha de extração. Em cada parcela todos os indivíduos arbustivos e arbóreos, com 10cm de circunferência e 1,5 m de altura foram medidos e identificados. O angico rebrota após o corte e, nos primeiros três anos, pode ser consorciado com palma, milho e feijão. O ciclo de corte pode ser de 4 a 12 anos. Paradoxalmente, a população de angico está sendo beneficiada pelo manejo, aumentando sua densidade. A análise estrutural da comunidade aponta que a espécies possui o maior IVI na área. O índice de diversidade da comunidade foi baixo. Isso sugere que esteja havendo uma homogeneização da vegetação na área de manejo, pela supressão de espécies que não toleram o fogo e não rebrotam após o corte. Além de o manejo ser uma boa alternativa para geração de renda uma vez que o solo raso é pouco apropriado à agricultura.
The extraction of wood and bark of trees in the Brazilian semiarid region has been implicated as a factor of pressure on the species of the caatinga that may entail a reduction of their populations. This study evaluated the extraction of mimosa-of-core in a semiarid region of Alagoas municipality, to identify the knowledge associated with the practices adopted for the extraction of bark and wood and the possible impacts on the density of the species. The results indicate that the extraction of the bark is taken in order to supply large-scale tanneries and the main way of getting it from cutting one or more stems. The wood is utilized mainly for cuttings, but also for firewood and charcoal. For the interviews, 10 informants were selected, chosen by the technique "Snowball". For sampling 30 plots of 10x20m spacing between plots of 10m, divided into two rows of 15 plots along a track extraction were mounted. In each plot all individual trees and shrubs, with 10cm in circumference and 1.5 m in height were measured and identified. The angico regrowth after cutting, and the first three years, can be intercropped with palm, corn and beans. The cutting cycle can be 4 to 12. Paradoxically, the population of mimosa being favored by management, increasing its density. Structural analysis of the community shows that the species has the highest IVI in the area. The index of community diversity was low. This suggests that there is homogenization of the vegetation in the management area, the suppression of species that do not tolerate the heat and not resprout after cutting. Apart from the management to be a good alternative for generating income once the topsoil is hardly appropriate for agriculture.
Dr. Silva, Henrique Costa Hermenegildo da.
Dr. Silva, José Vieira.
Fitossociologia.
Angico-de-caroço - Manejo.
Anadenanthera colubrina.