Brincar na educação infantil: ações de crianças entre permissões, proibições e transgressões
Brincar na educação infantil: ações de crianças entre permissões, proibições e transgressões
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Este trabalho explora a relação entre rotina e brincadeiras na educação infantil, utilizando uma abordagem etnográfica para investigar como essas práticas influenciam o desenvolvimento das crianças em uma instituição pública no interior do Estado de Alagoas. Tendo como aporte teórico autores como Maria Carmem Silveira, Tizuko Morchida Kishimoto e William Corsaro, que defendem a brincadeira como como direito das crianças, numa compreensão de desenvolvimento humano e de interpretação da cultura. O estudo buscou explorar os momentos e as circunstâncias em que as brincadeiras são autorizadas e integradas às rotinas da Educação Infantil. Buscou, ainda, conhecer a organização das rotinas de brincadeira em momentos nos quais as crianças podem brincar, com e sem a permissão da professora, e nos momentos em que as crianças são proibidas de brincar, especialmente nas ocasiões em que há tarefas e lições a fazer. Os resultados revelaram que a rotina das crianças não incluía a brincadeira como um componente no planejamento pedagógico e que as crianças desafiam as ordens instituintes dos adultos.
This study explores the relation between routine and play in early childhood education, using an ethnographic approach to investigate how these practices influence the development of children in a public institution in the countryside of Alagoas State, Brasil. The theoretical framework is based on authors such as Maria Carmem Silveira, Tizuko Morchida Kishimoto and William Corsaro, who defend play as a children’s right, in an understanding of human development and interpretation of culture. The study sought to explore the moments and circumstances in which play is authorized and integrated into the routines of early childhood education. It also sought to understand the organization of play routines in moments in which children can play, with and without the teacher's permission, and in moments in which children are prohibited from playing, especially on occasions when there are tasks and lessons to be done. The results revealed that the children's routine did not include play as a component in the pedagogical planning and that children defy the institutional orders of adults.
Dr.ª Silva, Janaíla dos Santos.
Educação infantil.
Relações de poder.