“Eu fazia pros outros para fazer pra mim”: narrativas de chefes de família do bairro Xucurus em Palmeira dos Índios

Essa escrita se colocou como uma ferramenta de pesquisa em Psicologia social sobre os inventos cotidianos Certeau (2014) de sobrevivência e resistência de mulheres responsáveis familiares do Bairro Xucurus em Palmeira dos Índios, objetivando conhecer suas práticas sociais cotidianas por meio de suas narrativas. O estudo teve como base metodológica alguns instrumentos da pesquisa etnográfica se desenvolvendo em um sistema de observação e escuta, através de entrevistas individuais e diários de campo, como resultado desse trabalho narramos as histórias cotidianas das cindo entrevistadas. Tivemos como cenário da nossa pesquisa o íntimo das casas das participantes, fomos do sofá da sala ao arejado do quintal. Consideramos para análise, categorias como: Território, Patriarcado, Interseccionalidade e Processos de Resistência, ancoradas em discussões de autoras como, Anzaldúa (2000), Crenshaw (2002), Collins e Bilgue, (2020), Evaristo (2017), Gonzalez (1984), Bosi (1994) e outros, bem como essas categorias atravessam esses corpos e como eles se fazem presentes nesse devir. Para tanto, o texto se estrutura em cinco cartas e seis capítulos, os quais apresentam lembranças de moradores da formação do Bairro Xucurus, a história e identidade de cinco mulheres resistentes do território.

This writing was presented as a research tool in social psychology on the everyday inventions of Certeau (2014) of survival and resistance of women responsible for family in the Xucurus neighborhood in Palmeira dos Índios, aiming to understand their everyday social practices through their narratives. The study was based on some ethnographic research instruments as a methodological basis, developing in a system of observation and listening, through individual interviews and field diaries. The result of this work narrates the daily stories of the interviewees, the setting of our research was in the intimate homes of the participants, from the living room sofa to the airy backyard. We considered categories for analysis such as: Territory, Patriarchy, Intersectionality and Resistance Processes, anchored in discussions by authors such as Anzaldúa (2000), Crenshaw (2002), Collins and Bilgue, (2020), Evaristo (2017), Gonzalez (1984), Bosi (1994), as well as how these categories cross these bodies and how they are present in this becoming. To this end, the text is structured in five letters and six chapters, which narrate memories of residents of the formation of the Xucurus Neighborhood and the story of five resistant women from the territory.

Acesso restrito solicitado pelas autoras. Provável liberação em 05 dez. 2025.