Um corpo negro: ancestralidade e representação na poesia de Lubi Prates

Este trabalho busca evidenciar algumas das marcas históricas e culturais carregadas pelo corpo negro e ressignificadas poeticamente nos versos dos poemas “hasta aquí, hasta llegar a mí” e “não foi um cruzeiro”, de autoria da poeta contemporânea Lubi Prates, e presentes na obra um corpo negro (2018). Assim, partindo do contexto diaspórico e da travessia marítima que perpassa a história dos escravizados, a pesquisa estabelece relações entre as violências sofridas no período escravocrata, as representações literárias dos negros e a ressignificação que lhes é proposta nos poemas de Lubi Prates. O trabalho, de caráter qualitativo e bibliográfico, ampara-se em nomes como Júlio Chiavenato (2012), Grada Kilomba (2019) e Lélia Gonzalez (2020). Espera-se contribuir para a difusão da obra de Lubi Prates e suscitar reflexões sobre a objetificação do corpo escravizado e os contornos que tal temática ganham na obra da autora

 This work seeks to highlight some of the historical and cultural marks carried by the black body and poetically re-signified in the verses of the poems “hasta aquí, hasta llegar a mí” and “não foi um cruzeiro”, written by the contemporary poet Lubi Prates, and present in the work um corpo negro (2018). Thus, starting from the diasporic context and the sea crossing that permeates the history of the enslaved, the research establishes relationships between the violence suffered during the slavery period, the literary representations of black people and the resignification proposed to them in Lubi Prates' poems. The work, of a qualitative and bibliographic nature, is supported by names such as Júlio Chiavenato (2012), Grada Kilomba (2019) and Lélia Gonzalez (2020). It is hoped to contribute to the dissemination of Lubi Prates work and raise reflections on the objectification of the enslaved body and the contours that this theme takes on in the author's work.