Perfil epidemiológico e diagnóstico histopatológico dos casos de Pólipos Colônicos Adenomatosos na segunda macrorregião de Alagoas: estudo de 4 anos
Perfil epidemiológico e diagnóstico histopatológico dos casos de Pólipos Colônicos Adenomatosos na segunda macrorregião de Alagoas: estudo de 4 anos
<ana.lustosa@arapiraca.ufal.br> Lopes, Maria Guadalupe Santos.
<maria.guadalupe@arapiraca.ufal.br>
Introdução: Dentre os pólipos que afetam o cólon e o reto, os pólipos colônicos adenomatosos são os que possuem a maior incidência em todo o mundo. Além disso, esses possuem uma notável relevância clínica no contexto de rastreamento e prevenção do câncer colorretal (CCR) - a terceira neoplasia mais frequente no Brasil - uma vez que são os principais precursores do adenocarcinoma de cólon e reto. Por se tratar de uma modificação majoritariamente assintomática, a colonoscopia de rastreio e o subsequente diagnóstico histopatológico dos adenomas colorretais são essenciais do ponto de vista terapêutico e para seguimento dessas lesões. Somado a isso, o exame anatomopatológico é capaz de indicar a presença de características compatíveis com o adenoma colônico avançado, ou seja, o pólipo colônico adenomatoso mais propenso a progredir para um câncer colorretal. Concomitantemente, os pólipos serrilhados também apresentam papel importante na progressão entre pólipos colônicos e CCR. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico e histopatológico dos pólipos colônicos adenomatosos a partir de laudos anatomopatológicos da 2ª macrorregião do Estado de Alagoas, no período compreendido entre 1 de janeiro de 2019 a 31 de dezembro de 2022. Método: Estudo transversal, retrospectivo, observacional e descritivo, no qual foram analisados laudos anatomopatológicos com diagnóstico adenomas e lesões serrilhadas não hiperplásicas de produtos de colonoscopia designados como ressecção de pólipos colônicos e lesões de espalhamento lateral (LST), selecionados a partir do serviço de arquivo médico do Núcleo de Prevenção e Diagnóstico do Câncer, localizado na sede da 2ª macrorregião de saúde de Alagoas. Foram analisadas as variáveis ano, idade, sexo, local da lesão, tipo histológico e morfológico, grau de displasia para pólipos adenomatosos, presença de lesões sincrônicas e/ou metacrônicas e origem dos pacientes. As informações coletadas foram tabuladas em banco de dados, sintetizadas e interpretadas através do software Statistical Package for Social Sciences, a fim de estimar as frequências absolutas e relativas. Resultados: Entre os quatro anos incluídos no estudo, foram analisadas 1.160 amostras das quais obteve-se que 90,2% foram classificadas como adenoma tubular, 7,7% classificadas como adenoma tubuloviloso, 1,1% classificadas como adenoma/lesão séssil serrilhado, 0,7% classificados como adenoma viloso e 0,3% classificadas como adenoma serrilhado tradicional. Entre as lesões que apresentaram baixo grau de displasia, 93,2% eram adenomas tubulares, enquanto com alto grau, 51,2% eram adenomas tubulovilosos, 46,3% eram tubulares e 2,4% eram vilosos. O cólon sigmoide foi topografia de 25,5% das lesões estudadas. A amostra foi composta por 56,9% pacientes do sexo feminino. Com relação à idade, 39,2% possuíam mais de 65 anos. A rede particular de saúde originou 68,9% dos laudos analisados, enquanto 31,1% pertenciam ao SIA-SUS. Conclusão: O conhecimento do perfil epidemiológico relacionado aos pólipos colônicos e LSTs contribui para o melhor entendimento e aperfeiçoamento dos programas de rastreamento e diagnóstico oportuno. Neste estudo, houve divergência apenas no sexo mais frequentemente afetado.
Introduction: Among the polyps affecting the colon and rectum, adenomatous colonic polyps are the most prevalent worldwide. Moreover, they hold notable clinical relevance in the context of colorectal cancer (CRC) screening and prevention - the third most common neoplasm in Brazil - as they are the primary precursors of colon and rectal adenocarcinoma. Given their largely asymptomatic nature, screening colonoscopy and subsequent histopathological diagnosis of colorectal adenomas are essential therapeutically and for monitoring these lesions. Additionally, histopathological examination can indicate the presence of features consistent with advanced colonic adenoma, namely, the colonic adenomatous polyp most prone to progressing to colorectal cancer. Concurrently, serrated polyps also play a significant role in the progression from colonic polyps to CRC. Objective: To identify the epidemiological and histopathological profile of colonic adenomatous polyps from pathological reports in the 2nd macro-region of the state of Alagoas, between January 1, 2019, and December 31, 2022. Method: A cross-sectional, retrospective, observational, and descriptive study in which reports of specimens received from colonoscopy designated as resection of colonic adenomatous polyps and adenomatous lateral spreading lesions (LST) were analyzed. These were selected from the medical archive service of the Cancer Prevention and Diagnosis Center, located in the headquarters of the 2nd health macro-region of Alagoas. The variables analyzed included year, age, sex, lesion location, histological and morphological type, degree of dysplasia for adenomatous polyps, presence of synchronous and/or metachronous lesions, and patient origin. The collected data were tabulated in a database, synthesized, and interpreted using the Statistical Package for the Social Sciences software to estimate absolute and relative frequencies. Results: Over the four years included in the study, 1,160 samples were analyzed, of which 90.2% were classified as tubular adenoma, 7.7% as tubulovillous adenoma, 1.1% as serrated sessile adenoma/lesion, 0.7% as villous adenoma, and 0.3% as traditional serrated adenoma. Among lesions with low-grade dysplasia, 93.2% were tubular adenomas, whereas with high-grade dysplasia, 51.2% were tubulovillous adenomas, 46.3% were tubular, and 2.4% were villous. The sigmoid colon was the topography for 25.5% of the studied lesions. The sample comprised 56.9% female patients. Regarding age, 39.2% were over 65 years old. Private healthcare originated 68.9% of the analyzed reports, while 31.1% belonged to the Unified Health System (SUS). Conclusion: Understanding the epidemiological profile related to colonic polyps and LSTs contributes to the improvement of screening and timely diagnosis programs. In this study, there was only a discrepancy in the gender most frequently affected.
Ma. Mendes, Mayara Maria Costa.
Adenoma.
Pólipos colônicos.
Exame anatomopatológico.