A travessia dos pretos velhos: caminhos ancestrais de autoconhecimento, vivências e encontros identitários

A travessia dos pretos velhos: caminhos ancestrais de autoconhecimento, vivências e encontros identitários

Autor(a)
Nunes, Arivle Elvira Barbosa.
<elviradeoxum6@gmail.com>
Ano de publicação
2025
Data da defesa
16/07/2025
Curso/Outros
Serviço Social (U.E.Palmeira dos Índios)
Número de folhas
50
Tipo
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Local
UFAL, Campus Arapiraca, Unidade Educacional PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Resumo

O presente trabalho busca contribuir para o avanço do debate em torno da diversidade de identidades de povos e comunidades tradicionais dentro da academia, especificamente no Serviço Social. Historicamente, pessoas negras foram colocadas como coadjuvantes de sua própria história. Propondo o contrário, este trabalho permitiu-me trazer perspectivas através de minhas vivências ancestrais e na compreensão do terreiro como um potente espaço de produção de conhecimento. Diante de uma trajetória marcada pela subjugação e perdas, os Pretos Velhos abrem caminho para que minha identidade afro-brasileira e religiosa possa alcançar outras pessoas. Aprendi, na Umbanda, que não existe sentido em escrever sobre minha vivência sem honrar a história e a memória daqueles que vieram antes de mim. O renascer para o Orixá marca o reconhecimento de minha identidade e o despertar para uma escrita que traz consigo a linguagem subjetiva e intuitiva. A travessia diaspórica dos Pretos Velhos, aqueles que vieram nos navios negreiros, nos leva a retornar ao passado para pensar o futuro. O desembarque ancestral na Umbanda e o encontro com os povos ciganos permitem-nos enxergar a contribuição social proporcionada por essas vivências. Reconhecer e abrir espaços para essas categorias identitárias, compreendendo suas relações sociais, econômicas e culturais, amplia os debates acerca de políticas públicas que alcancem esses povos em suas particularidades, para a garantia de seus direitos.

Abstract

This work seeks to contribute to the advancement of the debate around the diversity of identities of traditional peoples and communities within academia, specifically in Social Work. Historically, black people have been placed as supporting actors in their own history. Proposing the opposite, this work allowed me to bring perspectives through my ancestral experiences and understanding of the terreiro as a powerful space for the production of knowledge. Faced with a trajectory marked by subjugation and loss, the Pretos Velhos paved the way for my Afro-Brazilian and religious identity to reach other people. I learned, in Umbanda, that there is no point in writing about my experience without honoring the history and memory of those who came before me. Being reborn to the Orixá marks the recognition of my identity and the awakening to a writing that brings with it subjective and intuitive language. The diasporic journey of the Pretos Velhos, those who came on slave ships, leads us to return to the past to think about the future. The ancestral landing in Umbanda and the encounter with the gypsy peoples allow us to see the social contribution provided by these experiences. Recognizing and opening spaces for these identity categories, understanding their social, economic and cultural relations, broadens the debates on public policies that encompass these peoples in their particularities, to guarantee their rights.

Orientador(a)
Dr. Nascimento, Mayk Andreele do.
Banca Examinadora
Dr.ª Pinheiro, Camila Maria Gomes.
Dr. Bizerra, Fernando de Araújo.
Palavras-chave
Cultura afro-brasileira.
Subjetividade.
Ancestralidade.
Afrodescendentes.
Música – negra.
Religiões afro-brasielira.
Umbanda.
Ciganos.
Áreas do Conhecimento/Localização
Coleção Propriedade Intelectual (CPI) - BSPI.
Categorias CNPQ
6.00.00.00-7 Ciências sociais aplicadas.
Visualizações
32
Observações


Não foi possível exibir o PDF